quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Como sair de uma "saia justa" sem mentir para o aluno




             
Como já dizia alguns mestres: aluno é aluno

        Nós professores estamos acostumados a ouvir diversos tipos de perguntas de nossos queridos alunos. Aquelas perguntas sem fundamento; aquelas sem cabimento;  e ainda, aquelas sem necessidade. Mas, às vezes, saem aquelas perguntas que nos deixam imóveis de tão alto grau de complexidade. E para tal, devemos saber responder. Já dizia uma grande professora que tive na graduação, Arisdélia Feitosa, aluno nos avalia sem nenhum tipo de critério e devemos está preparados para esses casos.
      Outro dia, estava eu dando uma aula sobre Evolucionismo - quem é da área de Biologia sabe que esse é um conteúdo muito polêmico - numa turma de 7º Ano. Falava noções das ideias de Charles Darwin, de seu grande trabalho sobre a Evolução das espécies, A Origem das Espécies, que fortaleceu o entendimento da teoria da seleção natural, quando uma aluna me veio com a seguinte pergunta: professor, como o senhor pode afirmar que viemos de um mesmo ancestral comum se existe um monte de seres vivos diferentes? Sabe aquela pergunta que você sabe a resposta, mas não sabe explicar para o aluno? Foi assim que me senti naquele momento.
    Professores que não querem assumir responsabilidades e, muito menos, mais trabalho, simplesmente poderiam enrolar o pensamento da aluna, através de seus meios de improvisação. Como professor, espero nunca fazer tal ato. Olhei para aluna; chamei a atenção de toda a turma e disse: sua pergunta é muito oportuna. Eu posso te dar uma resposta, mas nesse momento não saberei fazer você entender. Vou pesquisar mais sobre sua dúvida e tentarei trazer o máximo de informações possíveis para que você fique satisfeita. A aluna sorriu para mim e disse: certo professor, não esqueça! Vou cobrar.
       Não é preciso, o professor, tentar responder perguntas difíceis de explicar sem está totalmente seguro do que está dizendo. Os alunos irão perceber seu nervosismo e você perderá sua moral em sala. Afinal, eles nos criticam sem critérios.
        Seja sempre sincero. "não sei responder, mas prometo buscar informações para tirar sua dúvida". Mas não esqueça. "promessa é dívida".


Fonte: WERNECK, Hamilton."Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo". Editora: Vozes, 1992. 11ª Edição.

Um comentário:

  1. Ser humilde e sincera é a melhor saída.Já vivi esta experiência e na próxima aula levei todas as informações possíveis sobre o questionamento do meu aluno.Além disso, aprendi mais.

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